quinta-feira, 31 de agosto de 2006

Proposta criação da Estação Ecológica de Andrade Silva

Eucaliptos com vegetação nativa no sub-bosque
Por iniciativa do pesquisador Hideyo Aoki, responsável pela Floresta de Avaré, foi proposta ao Instituto Florestal do Estado de São Paulo, órgão da Secretaria do Meio Ambiente, a criação da Estação Ecológica de Andrade Silva, que resguardará componentes significativos da vegetação que originalmente ocorria em seu solo.

Cerrado em recuperação
O Horto Florestal de Andrade Silva, com uma área de 720,39 ha , foi criado pela Estrada de Ferro Sorocabana, para o plantio de espécies de eucalipto, para atender as necessidades madeireiras, principalmente peças de dormente e lenha para caldeira. Com a desativação de

sábado, 26 de agosto de 2006

Observando Aves em Dourado

Choca-Barrada
Visitamos nos dias 19 e 20 de agosto o município de Dourado, pela segunda vez, já que em 2004 lá estivemos.

Com essas duas visitas e com base num levantamento parcial publicado anteriormente para a área, em tese de mestrado, o Município totalizou 204 espécies de aves, sendo que em nossa última visita detectados131 destas.

Contamos em nossa visita com a companhia de nosso amigo Jony, morador de Dourado, e grande conhecedor da avifauna da região.

Dourado situa-se ao lado direito do vale do rio Jacaré-pepira, afluente do rio Tietê.

A paisagem é formada por matas semi-decíduas, especialmente nos topos dos morros, onde se vê nessa época as árvores completamente desfolhadas, e em alguns fragmentos maiores, onde foi preservada em propriedades particulares.

Também regiões de cerrado e a mata ciliar do rio Jacaré-pepira, bem preservada. Na agricultura predomina a cana-de-açúcar, cujo cultivo tem aumentado muito na região.

Em terras preparadas para o plantio de cana vimos a seriema, Cariama cristata, que parece se beneficiar de algum modo desse ambiente.

Há também pastos com gado, onde vimos a garça-vaqueira, Bubulcus ibis.

Nos trajetos, chamou-nos a atenção uma frequência significativa do tucanuçu, Ramphastos toco.
Bico-de-agulha-de-rabo-vermelho

Na cidade chamou-nos a atenção a presença de bandos do periquitão-maracanã, Aratinga leucophthalmus, visitando fruteiras nos quintais.

Canário-do-brejo
Outras espécies que nos chamaram a atenção nos percursos pela área rural foram a siricora-mirim, Laterallus viridis, que ouvimos numa região alagada da várzea do rio, o papagaio-verdadeiro, Amazona aestiva, a corujinha sapo, Megascops atricapilla, o joão-corta-pau, Caprimulgus rufus, o beija-flor-dourado-de-bico-curvo, Polytmus guainumbi, o balança-rabo-de-mascaras, Polioptila dumicola, o ameaçado sanhaço-de-coleira, Schistochlamys melanopis, este talvez o que mais provocou elogios por sua discreta beleza.

Vimos também o ameaçado canário-do-brejo, Emberizoides ypiranganus, que esteve ao nosso redor por bom tempo, permitindo relembrarmos ali mesmo alguns aspectos da discutida distinção em campo dessa espécie com seu primo e também ali simpático canário-do-campo, E. herbicola.

De longe pudemos observar o coleiro-do-brejo, Sporophila collaris, em seu típico ambiente de vida, no ponto exato de uma indicação prévia de onde poderia ser visto, de nosso bem informado Jony e um pouco mais à frente, na borda da mata, um curió, Sporophila angolensis.

Coleiro-do-brejo
Além destes, outros próprios de matas ciliares e do cerrado, como o bico-de-agulha-de-rabo-vermelho, Galbula ruficauda, o choro-boi, Taraba major, a choca-barrada, Thamnophilus doliatus, o arapaçu-do-cerrado, Lepidocolaptes angustirostris, o arredio-do-rio, Cranioleuca vulpina, que deu um “banho” no Carlos Gussoni, que não hesitou em atravessar o rio Jacaré-pepira para verificar um ninho dessa espécie, ainda pouco conhecido na literatura, o tachuri-campainha, Hemitriccus nidipendulus, a tesoura-do-brejo, Gubernetes yetapa, dando um show com seu display em dupla, a gralha-picaça, Cyanocorax chrysops, o garrinchão-de-barriga-vermelha, Thryothorus leucotis e, por fim, o cavalaria, Paroaria capitata.
Tesoura-do-brejo

Todos nós, até o “nativo” Jony, cuja companhia recomendamos a todos que forem "passarinhar" em Dourado, ampliamos em nossas listas pelo menos um lifer, mostrando, portanto, que a excursão foi extremamente proveitosa.

Com exceção de um pequeno incidente, em que Luiz Fernando foi vítima de uma reação alérgica pela picada de uma mutuca do gênero Chrysops, tudo correu em perfeita harmonia com a natureza que, apesar do atual interesse econômico pela ampliação das áreas agricultáveis, ainda guarda ali uma interessante amostra de nossa biodiversidade ornitológica.



Soldadinho

Texto: Luiz Fernando Figueiredo
Fotos: André De Lucca


quarta-feira, 9 de agosto de 2006

Mini-Curso de Observação de Aves no Zoo de Guarulhos




No dia 5 de agosto, foi realizado o Mini-Curso de Observação de Aves, no Zoológico de Guarulhos, com participação de 33 pessoas, entre as quais 10 funcionários do Zoo, sendo 7 tratadores, dois biólogos e uma médica veterinária. O Zoológico de Guarulhos está instalado em uma área densamente arborizada com 5 lagos. Um levantamento de aves ali realizado por Cristiane Bolochio detectou 76 espécies.

segunda-feira, 7 de agosto de 2006

Saíra de Ubatuba



SAÍRA DE UBATUBA











A June esteve recentemente em Ubatuba e fotografou essa saíra, que deve ser a fêmea de Tangara preciosa ou Tangara peruviana, já que ambas ocorrem nessa região. Alguém tem idéia de qual delas pode ser?
Luiz Fernando

Censo de aves aquáticas

Lista de aves aquáticas avistadas em 06/08/2006 no
Parque Ecológico do Tietê:

Podilymbus podiceps
Anas bahamensis
Himantopus melanurus
Dendrocygna bicolor
Amazonetta brasiliensis
Ardea cocoi
Ardea alba
Egretta thula
Butorides striatus
Aramus guarauna
Vanellus chilensis
Jacana jacana
Gallinula chloropus

Lista por: Gilberto Lima

domingo, 6 de agosto de 2006

Serra do Japi


Fui na Serra do Japi, rapidamente. E fotografei esse amigo ai em cima. Que me dizem?

quarta-feira, 2 de agosto de 2006

Censo Neotropical de Aves Aquáticas


Realizamos nos dias 29 e 30 de julho de 2006 a segunda etapa do Censo Neotropical de Aves Aquáticas, visitando o Reservatório Billings e uma área na várzea do rio Embu-Mirim, no município de Embu.

Na Billings, contamos com o apoio da EMAE, que nos cedeu um barco para o trajeto. Ao contrário do que ocorreu na primeira fase, em fevereiro, havia desta vez um número menor de biguás e garaças-brancas-grandes, de modo que foi possível realizar a contagem dessas espécies, o que foi impossível em fevereiro, dado o grande número de indivíduos dessas espécies.

A área da várzea do rio Embu-Mirim que visitamos, corresponde a uma área em que está prevista a criação de um parque, como compensação ambiental pela construção do Rodoanel-Sul, cujas vias passarão no entorno dessa área. É supreendente o número de indivíduos de algumas espécies que se concentram ali, difíceis de serem vistas em outras regiões da Grande São Paulo. Vimos em torno de 200 pernilongos, Himantopus melanurus, 57 marrecas-toicinho, Anas bahamensis, 8 narcejas, Gallinago paraguaiae, além de diversas outras espécies aquáticas.