terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

Censo Neotropical de Aves Aquáticas 2007

No mês de fevereiro o CEO realizou mais uma etapa do Censo Neotropical de Aves Aquáticas.
Revisitamos o reservatório Billings, uma das áreas com maior concentração de aves aquáticas na região da Grande São Paulo. Mais uma vez contamos com o apoio da EMAE na cessão de um belo e versátil barco.



Mas afinal, qual será o modelo ideal de binóculo para ver aves aquáticas?


Um interessante encontro, no meio da represa, tentanto atravessá-la: dois veados catingueiros que, assustados com o barco, voltaram para a margem, sumindo no mato.



Também a represa Guarapiranga foi visitada, onde a principal expectativa, infelizmente não concretizada, era o reencontro do mergulhão-de-orelha-amarela, Podiceps occipitalis, ali avistado no final do ao passado por Fábio Schunck.


Mas o Parque Ecológico do Tietê foi sem dúvida o que mais surpreendeu nessa etapa do Censo. Numa primeira visita, Gilberto Lima e Adilson Amaral viram ali a curicaca, Theristicus caudatus, espécie com poucos registros no estado de São Paulo e registrada anteriormente no município apenas uma vez, na região de Guarapiranga, pela Divisão Técnica de Medicina Veterinária e Manejo da Fauna. Este foi portanto o segundo registro e primeiro registro documentado no município.

Foto: Gilberto Lima.

Outro achado interessante no Tietê foram os bandos de pernilongo, Himantopus melanurus.


Ou os colhereiros, Platalea ajaja, também raros por essas bandas.

Foto: Gilberto Lima

Mas a grande surpresa foram os maçaricos, já que pudemos, numa segunda visita, ver ali juntos o maçarico-de-perna-amarela, Tringa flavipes, o maçarico-grande-de-perna-amarela, Tringa melanoleuca, o maçarico-solitário, Tringa solitaria, o maçarico-pintado, Actitis macularius e o maçarico-de-colete, Calidris melanotos.

Tringa melanoleuca. Foto: Gilberto Lima.

Calidris melanotos. Foto: Gilberto Lima.

Nessa feliz foto, após uma forte torcida para que as aves se aproximassem, Gilberto conseguiu mostrar juntas as duas espécies retratadas acima, mostrando didaticamente as diferenças entre elas.


Além dessas localidades visitamos também uma área de várzea do rio Embu-Mirim, município de Embu, com extraordiária concentração de aves aquáticas.

Também na região de Rio Claro, Itirapina e Campinas, seis novas áreas foram censadas, por Carlos Gussoni e outros quatro pesquisadores.

Contamos também com a visita de Gislaine Disconzi, uma das coordenadoras do Censo no Brasil, que fez uma palestra sobre a importância do Censo para a conservação das aves aquáticas.

4 comentários:

  1. Puxa vida! o passei deve ter sido muito legal!!
    Parabéns pelos novos registros. O CEO como sempre a frente das melhores iniciativas!

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  2. É incrível a disposição e a vontade de ajudar do CEO !
    Parabéns por tudo

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  3. Prezados Amigos,
    Gostaria de informar-lhes que aqui em casa existe a vários anos a chegada de andorinhas em grande quantidade, elas passam o dia na universidade braz cubas que é proxima de casa e a tardezinha elas vem dormir aqui no meu telhado e no telhado de meu vizinho. temos cachorros e alguns filhotes caem e não temos como ver e eles acabam comendo. gostaria de receber alguma informação de profilaxia a doenças via animais domésticos ou mesmo deixar minha casa a disposição deste observatório para estudos científicos a região de mOgi das Cruzes/SP, pertence ao Alto Tiête e ao Parque do Itapeti (Serra do Mar).
    Alcides Valente
    11-4791-3548
    Av. Jose Maria de Albuquerque Freitas, 323 - Vila Mogilar- MOgi das Cruzes- Cep. 08773-480

    e-mail : alcidesvalente@uol.com.br

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  4. Olá Alcides:
    A princípio não há que se preocupar com doenças que possam ser transmitidas pelas andorinhas. Terá apenas o incômodo do barulho e da sujeira que podem fazer debaixo do telhado. O que pode fazer é instalar caixas para ninhos próprias para andorinhas, desta forma elas podem ir abandonando o telhado e adotando as caixas.
    Luiz Fernando

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